sábado, 24 de agosto de 2013

Vinte e quatro

Começo este post por admitir que ando a publicar muito pouco e a desleixar-me completamente para o blog, tanto que tenho comentários por responder e ainda mais importante, emails. Basicamente não tenho estado muito tempo em casa, e o que tenho gasto-o com filmes, séries, livros, ou a escrever as minhas histórias, até no tumblr tenho estado pouco tempo. As férias estão quase a acabar e parece que ainda foi ontem que me vi livre daquele inferno. As turmas ainda não saíram mas já se sabe que a minha turma vai ficar junta e que vai ser um ano miserável para mim. Por isso, estou a tentar aproveitar o que me resta das férias. Tenho aproveitado para estar com a minha família, já que os meus pais não têm saído muito devido à minha irmã. Estou preste a entrar em pânico pois ainda nem sequer encomendei os livros...ainda não vi mochilas, material escolar...nada. A verdade é que por mim ficava em casa e só saía quando tivesse a certeza que era a única que me lembrava dos tristes acontecimentos do ano letivo anterior. Mas não posso fazer isso. É óbvio que por mim mudava de escola, começava de novo, porque aqui estamos num liceu, onde toda a gente sabe de tudo de toda a gente, e eu não expus o meu corpo na internet, como aqueles casos na América, em que as meninas acabam por se suicidar devido à estupidez dos colegas, mas para as pessoinhas daqui fiz pior, quase. E neste momento posso-vos dizer que me sinto interiormente destruída. Eu mal sei quem sou. Não estou com amnésia, se calhar era preferível. Sei o meu nome, morada, quem é a minha família, os meus gostos, mas o que me define? O meu antigo blog, o meu segredo. As minhas qualidades? Será que as tenho? Os meus defeitos? Eu posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas sou mesmo aquele monstro que elas descrevem? Eu sei que não sou. Melhor, eu sei que não era, eu sei que muita coisa está mal contada, e que não escrevi nada para magoar ninguém, sei que só escrevia coisas mais desagradáveis sobre quem estragava os meus dias, e não sobre quem eu sempre me dei bem, apesar de muitas vezes sentir um pouco de ciúmes, ou de querer ser ela, ela foi das pessoas com quem eu me dei melhor logo no início do ano, aliás, se não fosse ela nunca tinha chegado a dar-me tão bem com aquele "amor intelectual". Eu era incapaz de falar mal dela, uma coisa eram aquelas brincadeiras, mas nunca falar mal de ser má, nunca para a magoar... Basicamente...elas além de acederem ao meu diário, ao meu cérebro, aos meus sentimentos, ainda me conseguiram lixar bem a vida com quem eu nunca esperaria.


Neste momento não sinto nada...raiva, dor,? Se calhar um pouco de injustiça, mas mais nada. Logo espero continuar a não sentir nada, espero sair e divertir-me, como mal fiz este verão, com quem me quer bem. Sei que este vai ser um ano de lágrimas, eu vou fazer de tudo para ignorar comentários foleiros, e espero ser forte o suficiente para conseguir seguir em frente...tendo apenas noção da educação que me deram e dos valores que me incutiram...mesmo não sabendo quem eu sou...
(wish me luck)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cinco

Voltei a vê-lo. Senti-me bem ao vê-lo e ao não sentir nada. A única coisa que sinto quando o vejo é "como é que eu me enganei tanto a respeito de alguém?". Volto a olhar para uma porcaria de uma foto que tiramos quase todos por volta do Natal, e reparo em nós. Reparo no facto de estarmos tão próximos na foto, tão próximos como éramos. Reparo em ti. Reparo que agora pareces muito mais adulto fisicamente. Pergunto-me "onde está aquele puto por quem eu me comecei a interessar, e que por aquela altura mal me tinha magoado?". Como é que nós tivemos conversas de horas e agora vimo-nos e nem "olá" dizemos? Eu pensei que eras tão diferente. Eu sabia que quando sabias que alguém gostava de ti afastavas-te, já o tinhas feito. Mas para quê ajudá-las a humilhar-me? Para quê as bocas? Para quê que deixaste de falar comigo? Mas por alguém gostar de ti não significa que te vá violar. Ainda para mais eu que desde o início não queria gostar de ti. Não controlei, aconteceu. É normal, somos adolescentes. Mas gostar de ti não era algo que me orgulha-se. E apesar de algumas esperanças eu sempre soube que não íamos mais longe. Só tenho pena que antes de tudo te desses melhor comigo do que com elas. Só tenho pena que nem te tivesses dado ao trabalho de ouvires ambos os lados. Foste metido do lado delas, contra mim, numa guerra que originalmente nem era minha. Só tenho pena que estejas a ser completamente ceguinho em relação a elas. Mas por um lado é isso que mereces. Sei que um dia vais abrir os olhos, pode ser tarde, mais vais abrir e arrepender-te. Sei porque um dia as coisas vão mudar. Sei porque o Karma é lixado. E nem que seja daqui a 10 anos e tu sejas mesmo psicopata e eu a tua psicóloga. A vida por vezes gosta de ser irónica. Voltei a vê-las. OMD. Para quê boquinhas? Não é por isso que são melhores ou mais superiores que nós. Segundo o filme "Into the Wild" a felicidade só é verdadeira quando é partilhada, mas certas pessoas, correção, certa gente, não vou considerar gente assim pessoas, só está bem a ver que deixa os outros mal, ou a vingar-se de coisas que já se passaram, ou a arranjar conflitos em todo o lado. Basicamente, tudo é razão para arranjarem barulho. Mas para quê tanta coisa? Um dia não vamos todos morrer? Para quê andarmos sempre em confusões e arranjar inimigos em todo lado? Eu só não percebo é como é que pessoas assim conseguem ter amigos. E aparentemente muitos. Mas pronto, mais uma vez deixo as coisas ao encargo do Karma, porque eu sei que um dia os papéis vão se inverter, o mundo está em constante mudança, a Terra em constante rotação, e destes aspetos o Karma vai tratar de me limpar a imagem, de mostrar a toda a gente quem realmente sou eu e quem realmente são vocês. E o melhor de tudo é que eu nem vou ter de fazer nada. Eu digo isto porque o Karma já me ensinou muito e estou com fé que ele não me deixe ficar mal. Como é que é possivel existirem pessoas tão más? Eu confesso que já pensei em vingança, mas eu sei que sou demasiado fraca para isso e preguiçosa também. Admito que todos os dias me lembro do que se passou. Admito que me doi saber que pessoas deixaram de me falar por coisas inventadas, ou melhor, exageradas. Admito que me doi saber que ninguém sabe da verdade mesmo. Admito que me doi saber que só a parte que lhes interessava é que veio ao de cima. Admito que me doi lembrar que toda a gente me dizia que tinha agido mal. Admito que doi lembrar os meus amigos dizerem que estavam do meu lado porque eram meus amigos. Admito que doi saber que a minha melhor amiga achou bem o que me fizeram, não me apoiou, me nem ajudou. A verdade é que na altura quem me apoiou mesmo e nem "agiste mal" me disseram foram 3 meninas da blogosfera. Admito que ainda hoje é o dia em que eu me sinto sozinha. Os meus amigos têm outros amigos, não podem viver a vida deles à volta de uma pessoa como eu. Os meus pais também estão fartos deste assunto. Eu preciso e quero esquecer isto e continuar com a minha vida.




Mas sozinha eu não consigo, eu preciso de ajuda.
Estou tão farta de ser sempre o problema, e ser sempre eu a fazer mal as coisas.

Sobre o 22 de há 2 meses atrás

 2 meses que te conheci, mais de 1 mês que deixaste de fazer parte da minha vida, menos de 1 mês desde a última vez que falamos. Penso que n...